sábado, 23 de maio de 2009

A surpresa revelada



E então estou aqui. E segue-se Bruges, Gent, Antuérpia e Roterdão. Iupiiiiiiiiiiii. Fungo do dariz, dói-me o dente mas estou feliz :)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Trago na mala a Primavera



E quando andei sei saber durante este tempo todo que segunda vai ser feriado aqui.... e ele me manda uma mensagem com isto...

"Prepara a mala para 6ª sexta.Regressamos a casa na segunda à hora de jantar... a temperatura onde vamos está com máximas de 24 e mínimas de 11 e só te digo para onde vamos quando entrares no carro na sexta!"

Eu bem que implorei para saber mais detalhes... mas nadinha!
Bem, faltam-me menos de 4 horas para descobrir!


( fotografia retirada de " http://olhares.aeiou.pt/mala.htm" (Fernando Figueiredo)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Professora de Espinho

Eu nunca tive professoras que falassem à “ broeira” como a professora de espinho e que tornassem as aulas interessantes ao falar de cuecas molhadas, orgias , linguados e virgindade.

Mas não me chocou nadinha a conversa baseada nos estudos dos pais porque desde sempre que me lembro foi assim. A minha turma do secundário era uma turma de filhos de doutores e engenheiros e todos sabíamos isso. Lá na escola os professores chamavam aquilo a turma de “elite”. Achei graça a professora ter gabado os inúmeros anos em que esteve a estudar para depois dizer " amiguíssimos" mandado um claro pontapé no português.

Na minha altura, os professores eram igualmente maus como a “ senhora doutora” de espinho com a particularidade que ao invés de falarem de sexo , falavam das viagem à Grécia que tinham feito e durante aulas a fio mostravam albúns de viagens, punham
“ rolo de carne” como texto para analisarmos no teste de avaliação, diziam nas entrelinhas que se tínhamos dúvidas era melhor arranjarmos um explicador, ou então diziam de caras que odiavam dar aulas. Não eram casos isolados... em vários professores que tive haviam poucos que se limitassem a dar matéria ( bem).

Lamento também que ninguém tivesse telemóvel até ao 11º ano, muito menos telemóveis com câmaras e outras coisas sofisticadas e claro não existisse o youtube ou a TVI ( pelo menos como a conhecemos hoje) para divulgar essa pérolas, porque contando era difícil de acreditar.

Muitos deles vinham para as aulas despejar as frustrações que traziam de casa.Ali mandavam e dominavam. Ali tinham o poder de chumbar e de passar, de convidar a sair da sala e de mandar a entrar, de fechar os olhos quando alguém copiava ou de arrancar as cábulas da mão a um desgraçado. O professor era um pequeno Deus na sua sala, ninguém exterior o “ controlava”.

Na altura, um professor fazia o que queria e nós alunos não fazíamos nada com medo ter a “ ficha feita”. Por vários motivos, o meu respeito pelos professores é quase nulo, tirando os desgraçados dos estagiários que obviamente só podem ter escolhido a carreira de docente por “ amor”.

De resto eu venho de uma época em que ser professor significava muitas férias, um dia livre por semana, um horário reduzido, explicações por fora e um ordenado bem acima da média.

Provavelmente a senhora professora de espinho era uma pessoa dessas, assim como foram muitas das minhas professoras, que não faziam a mínima ideia do que significava preparar uma aula, motivar alunos, gostar da profissão e estar direccionada para os bons resultados dos alunos. Sentia-se senhora e dona na classe e com ego amanteigado mal punha os pés na sala.

Curiosamente, esta professora seria um caso de sucesso de profissional segundo os parâmetros de progressão na carreira. A esta senhora provavelmente será dito que está em depressão profunda e que provavelmente precisa de uma baixa médica durante 2 aninhos.

Quando os sindicatos vêm com conversas contra a avaliação de professores e aulas assistidas eu percebo o motivo... o medo de alguns destes trastes terem avaliações negativas ou irem para o olho da rua.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sydney

Sydney é talvez a cidade mais completa que visitei. A mim enche-me as medidas uma cidade a sério com magnificas praias a beijar-lhe os pés. Sydney é assim mesmo uma festa de contraste e de cores, é uma espécie de Nova York tropical.

Gostei do ambiente que a rodeava, da beleza que fui descobrindo em cada canto, do mar e do cheiro a côco do protector solar, das marinas e do cheiro a maresia, das zonas mais típicas como Rocks com som de alegria e movimento, do cheiro a fritos da China Town, ás avenidas mais cosmopolitas a cheirar a carros.

Eu gosto de apreciar cidades e gentes. Por isso lá fui eu feliz e contente a mercados coloridos ( Paddy's) e feiras ver legumes e frutas esquisitas, andei a regatear T-shirts de souvenir nos mercados, comprei maçãs e comia-as pelo caminho. Faz sempre parte das minhas viagens ir aos supermercados cuscar preços, ver o que se come e o que se compra, cuscar nos carrinhos das senhoras do lado. Já agora ver roupa e sapatos em todo o tipo de lojas.

Lá andava eu de mapa na mão ás vezes perdida com o ar de quem não estava, andava uma carteira cheia de tralha, porque me recusava a andar de mochila e de máquina fotográfica ao peito. Odeio o típico turista japonês, que vê uma cidade pela perspectiva de uma máquina digital e perde o prazer de a ver pelos seus próprios olhos...

Ficava séculos a decifrar linhas de autocarro, comprava bilhete e andava em autocarro público com bancos partidos... e depois dava de caras com uma praia linda de morrer digna de postal ( Bondi).

Chegava à praia descalçava os meus ténis suados e ia a correr para a areia senti-la a massajar os pés e deitava-me com a cabeça enterrada na areia de papo para o ar aproveitar os raios de sol. Á minha frente estava um oceano inteiro...umas boas dezenas de gente a fazer surf e eu pensava “ Estou na Austrália pá!!”.

E algumas vezes chegava ao hotel cansada com dor nos pés e no corpo , com as costas tortas, de tanto andar... Ia para o Hotel punha o despertador só 1 hora e dormia 3... perdia o jantar, aquecia a chaleira e fazia uma sopa instantânea ( que tinha comprado no supermercado como que adivinhar que isso pudesse acontecer) porque já não eram horas de servir jantar.

Gostei de andar pé horas seguidas a absorver tudo aquilo que a cidade me dava até que a cidade se entranhasse nos meus sentidos.
Comprava sandes no quiosque da esquina ao almoço e ir a comer pela rua fora, como se tivesse toda a pressa do mundo acompanhando o mar de gente à minha volta. Ou então simplesmente sentava-me num banco a comer uma sandes com a Ópera de Sydney à minha frente e a Harbour Bridge ao lado ( fantástico).

Depois comprei um bilhete ao acaso e apanhei o ferry para Watson Bay simplesmente porque tinha o feeling que ia ser giro! E foi.

A noite jantava sempre no mesmo restaurante no “ Baía” ( um Italiano) em Darling Harbour com o maridão e rebobinava-lhe tudo o que tinha feito durante o dia. No Fim-de-semana mostrei-lhe os melhores sítios ( e descobrimos outros os dois
( Manly)...redescobria outras partes com outros olhos. Vivemos o " Anzac Day" um feriado Australiano em memória dos soldados mortos na 1º e na 2º Guerra Mundial, assistimos aos desfile nas ruas e assistimos à tradição " beber até cair para o lado" desde a avozinhos a malta mais nova.

Em cada canto observei a cidade com um olhar de criança, com aquela incredulidade de estar ali e com a alegria de quem a vê pela primeira vez.

PS: Prometo publicar as melhores fotos!